Os resultados do Programa Vida Leve, do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), foram apresentados no XI Encontro Virtual de Boas Práticas em Gestão de Pessoas, nesta quarta-feira (25). Voltado à estratégias de saúde e bem-estar dos servidores dos tribunais, o evento foi promovido pelo Instituto Rui Barbosa (IRB) e também mostrou iniciativas bem-sucedidas do TCU e do TCE-RO. 

Realizado pela Secretaria Executiva de Gestão de Pessoas, por meio do Núcleo de Qualidade de Vida no Trabalho (NQVT), o programa, realizado ao longo de 2024, alcançou 54 servidores que apresentavam quadros como obesidade, diabetes, colesterol alto e hipertensão. 

Foi o que explicou a coordenadora do setor, Nathália Sato, ao destacar que, para além da perda de peso, o programa priorizou o bem-estar por completo. “Com isso, demonstramos o impacto das pequenas mudanças na construção de uma vida plena e saudável”, pontuou. 

As nutricionistas do TCE-MT, Nara Nardez e Luiza Pinheiro Miranda, explicaram que toda a equipe do NQVT foi mobilizada para o trabalho. Para tanto, foi realizada  uma série de palestras com foco em educação nutricional, avaliações periódicas e atividades com profissionais da educação física.  

A partir do acompanhamento individualizado, feito por uma equipe multidisciplinar, o Vida Leve garantiu suporte nutricional, físico e psicológico aos servidores do TCE-MT, que foram orientados para a prática de atividades físicas, receberam sugestões de cardápio e tiveram o histórico clínico analisado.  

“Houve uma mudança visível no ânimo dos participantes. Nós lidamos com um perfil de pessoas que já tinham uma bagagem anterior de sedentarismo e isso mudou muito com o Vida Leve. Muitos não dormiam bem e tiveram melhora no sono, além de melhora nas dores nas articulações e redução de medicações”, contou Nara. 

O trabalho considerou resultados de exames realizados durante outra ação do Núcleo, a Semana da Saúde. À época, foi detectado, por exemplo, que 46% dos participantes estavam com sobrepeso, enquanto outros 21% apresentavam quadro de obesidade grau I, 21% obesidade grau II e 6% obesidade grau III.  

“Na semana da saúde vimos que não estávamos tendo resultados significativos e que precisava de intervenção mais forte para que tivessem mais liberdade com a gente também, isso deu mais abertura para que trouxessem dúvidas e tivéssemos relação mais próxima”, explicou Luíza.

Segundo a nutricionista do TCU, Thaynara Oliveira, o órgão tem investido em uma série de ações educativas e práticas. Entre elas estão os murais informativos com dicas de nutrição, matérias explicativas sobre saúde e alimentação, orientações personalizadas no restaurante institucional e programas como o Blitz da Saúde e o Saúde Já.

Ela também chamou a atenção para a importância do pós-atendimento. “Muitas vezes a gente faz uma consulta nutricional, fica empolgado, mas não dá sequência. Essa atenção é muito importante. O que mais ajuda na continuidade é justamente isso: estar atento, preocupado em fazer com que o servidor alcance os objetivos.”

Já a psicóloga da divisão de bem-estar no trabalho do TCE-RO apresentou o projeto Nutri Leve – Jornada Leve, que em 2024 contou com a adesão de 294 dos 530 servidores. O sucesso da proposta levou à criação do Movimenta TCE - Saúde com Propósito, iniciativa de longo prazo criada para fortalecer o senso de pertencimento e continuidade. 

“As ações buscam envolver o conceito múltiplo de saúde, que não é só a ausência de doença, mas também o bem-estar, o que inclui o ambiente de trabalho. Respeitamos muito a agenda dos servidores e nos organizamos para atendê-los semanal, quinzenal e mensalmente, para que eles continuassem engajados nas atividades”, pontuou.